Festa reciclada e o bloco ecologicamente correto

O ecologicamente correto bloco Coco Bambu, puxado pela banda Asa de Águia, deu a largada para o Carnaval oficlal da Barra. E não faltaram mulheres bonitas no circuito da folia

Ayeska Azevedo | Redação CORREIO

A reciclagem deu o clima da abertura do Carnaval do circuito Barra-Ondina, ontem, pontualmente às 18h30, com o bloco Coco Bambu, puxado pela banda Asa de Águia. Com o personagem Reiciclável, Durval Léllis convocou os foliões a se preocupar com a preservação do planeta.

O ecologicamente correto Coco Bambu deu a largada para o Carnaval da Barra.

Dentro do bloco, os abadás dos 3,5 mil foliões foram confeccionados em tecido produzido com fios de garrafa PET com tintura ecologicamente correta, e o trio elétrico é abastecido com biodiesel. Durante a folia, catadores de latinhas circulavam dentro do bloco recolhendo o lixo gerado pelos foliões, tudo para minimizar o impacto ambiental.

“Achei ótima a iniciativa do bloco, só falta a prefeitura incentivar mais a reciclagem colocando lixeiras separadas nos circuitos e ensinar à população como usar”, comenta a professora Valéria Toledo, 36 anos.

A bordo do trio, o ator Cássio Reis, ex-Danielle Winnits, enalteceu a criatividade dos músicos baianos. “Admiro a inteligência musical que eles têm, conseguem fazer Carnaval durante o ano todo”. Sobre seu terceiro Carnaval na Bahia, o ator comentou que ama esta festa aqui. “A Bahia é um lugar sem igual, que me agrada muito”, frisou.


“Isso aqui é tudo de bom. Não perco o Carnaval da Barra um ano sequer”, comenta a estudante Renata França, 23 anos. Junto com as amigas, ela ensaiava coreografias antes da chegada do trio. “A gente quer fazer as dancinhas bem sincronizadas”, emendou.

Criativos

Pelas ruas do circuito Barra-Ondina, não faltou a peculiar criatividade do baiano, e muitos foram às ruas levando de tudo para vender, com preços a depender da cara do freguês e, principalmente, se é baiano ou turista.

“Compre aqui na minha mão que eu vendo mais barato, freguesa”, diz um ambulante que vendia coletes para carregar água, daqueles que até então só eram encontrados em lojas especializadas em material esportivo. “ Mas o Carnaval não é uma maratona?”, brincava o vendedor.

“Quer comprar abadá? Tenho de todos os blocos”, anunciava um ambulante, em pleno Jardim Brasil, onde se formou um grande congestionamento de veículos devido à quantidade de interessados no comércio informal de abadás.

Os amigos João Januário da Silva, 32 anos, e Ronaldo Batista, 34, vieram do Recife para vender fantasias e adereços carnavalescos em pleno circuito. “A fantasia mais vendida é a da Mulher Maravilha, mas os perucões coloridos também têm boa saída”, conta Batista, que espera não levar nada de volta.

Fonte:  http://www.correio24horas.com.br/noticias/detalhes/detalhes-1/artigo/festa-reciclada/

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