Axé não pode ser só para elite, diz vocalista do Asa de Águia


Durval Lelys afirma que participar do Salvador Fest o aproxima do povão



O vocalista do Asa afirmou que sua banda tenta se popularizar com o evento
Foto Fred Pontes/ Divulgação


Miguel Arcanjo Prado, enviado do R7 a Salvador

O Asa de Águia é o único representante da axé music a subir no palco do Salvador Fest, neste domingo (18). O evento concentra no Parque de Exposições atrações do pagode baiano e do samba, ritmos queridinhos da população pobre soteropolitana.

Em entrevista pouco antes de subir ao palco, Durval Lelys, vocalista do Asa, afirmou que sua banda tenta se popularizar e que participar do evento é uma forma de demonstrar isso.

- O Asa não está no Salvador Fest pelo lado financeiro, mas para estar perto do povo. Os artistas do axé não podem tocar apenas para a elite. Eles precisam se reinventar.

Apesar do discurso, Lelys disse que sua banda não vai desfilar no circuito do Campo Grande no próximo Carnaval – o circuito é o mais tradicional e popular. O trio do Asa de Águia só vai passar pelo circuito Barrra-Ondina, considerado mais elitista. Ele explicou que a banda precisa “conciliar interesses”.

O gênero da axé music recebe constantes críticas por conta de abadás caríssimos que tornam cada vez mais difícil terem seus trios seguidos pelo povo baiano, virando blocos de turistas do Sul e do Sudeste.

Em consequência disso, nos últimos anos, o gênero inventado por Luiz Caldas também perdeu força nos bairros pobres de Salvador, que preferem ouvir nomes como Parangolé e Psirico, representantes do pagode baiano, a ouvir estrelas da axé music, como Ivete Sangalo, Asa de Águia ou Claudia Leitte.

O jornalista Miguel Arcanjo Prado viajou a convite do Salvador Fest.

Fonte: R7

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