“Me sinto um verdadeiro Brad Pitt”


Tatiana Mendonça
13 de fevereiro de 2010

Durval Lelys, do Asa de Águia. Foto: Iracema Chequer | Ag. A TARDE

Conversamos com o cantor e compositor Durval Lelys, líder do Asa de Águia, sobre Carnaval e seus projetos em arquitetura. Confira trechos inéditos da entrevista.

Você se realiza mais onde? No trio, durante o carnaval, ou na Trivela, que é menorzinho, indoor…
Eu me realizo tocando e cantando. É a única chance de eu virar um homem bonito. É quando as meninas ficam dizendo que eu sou lindo, que me amam. Não sei o quê elas conseguem ver em mim, mas eu adoro. Então se tem uma hora que eu gosto é essa. Eu me sinto um verdadeiro Brad Pitt.

Com tantos shows fora da Bahia, vocês acabam fazendo poucas apresentações em Salvador. É por que não tem espaço?
Não. Não. A gente faz cinco shows em Salvador. O Forró do Reio, o Sauípe Folia, a Trivela de Praia do Forte, o Festival de Verão e o Bonfim Light. São festas grandes… E eu acho até demais. Podia tirar pelo menos uma dessas, para dividir melhor. Mas o pessoal quer, né.

Já tem um prazo de quando a Arena Salvador fica pronta?
Primeiro preciso ter a área. Ou uma área licitada pela prefeitura ou uma área privada. Nós estamos buscando. Porque essas áreas são milionárias, né. Se for privada é cara, se for licitada tem concorrência. Você não chega dizendo ‘eu quero’ e o cara vai lhe dar. Tem 200 mil pessoas interessadas. Então é uma competição eterna até você chegar ao seu objetivo. Ou aparecer assim um megamilionário desses e dizer: ‘Durvalino, meu Rei, eu tenho a área, é sua’. Aí é pescar de bomba. Eu só quero o mato, mesmo, e que não tenha nenhuma agressão ecológica, para poder fazer o negócio ecologicamente correto.

Por que você e outros artistas do axé trabalham com pessoas da família? Seu irmão gerencia a produtora, sua irmã também trabalha com você. Qual é a vantagem e a desvantagem disso?
Bom, na verdade a vantagem é a confiança, os irmãos geralmente sabem administrar bem o ego, as ambições dos seus artistas. Agora o defeito seria… Não é saturação… É a permissibilidade. Acho que isso é exagerado por causa do sangue. Então você passa a ser menos profissional, quando é com a família, e mais sentimental. Quando os irmãos não estão presentes, a permissibilidade diminui, então aumenta o profissionalismo.

Mesmo assim você acha que é mais vantagem?
Não. Marcelo, meu sócio, não é meu irmão. Tenho meu irmão como sócio na produtora, mas ele não é meu sócio no Asa de Águia. E a gente vive bem. É igual. É o Yin e o yang, né. Tem o lado bom e o lado ruim dos dois lados.

Fonte: http://revistamuito.atarde.com.br/?p=4298

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