E a parte da história que você não sabia...

Empreendorismo

Recifense vence na Bahia e agora quer conquistar o mercado nacional, com a ajuda de Durval Lelys, do Asa de Águia

POSTADO ÀS 16:24 EM 03 DE Setembro DE 2009

O empresário recifense Waldomiro Araújo, hoje radicado na Bahia, chegou a Salvador em 1969 e nunca mais saiu, depois de ter construido a maior indústria de fardamentos do Nordeste, a W Uniformes. Em 2003, um incêndio quase levou o grupo à falência. Com a ajuda de todos os santos, deu a volta por cima e há cinco anos entrou em um novo ramo, o varejo de peças para automóveis, mais especificamente bancos de couro para carros.

Numa área em que imperam as capotarias artesanais, na maioria das vezes produzindo sem escala e qualidade, o empresário ousou colocar uma linha de produção industrial. Já conquistou o Nordeste e planeja atacar agora o Sudeste, depois de uma ampla campanha de propaganda na TV, com o músico baiano Durval Lelys, da banda Asa de Águia, nos intervalos do Fantástico. "Quero chegar em fevereiro a São Paulo", diz.

Agora no dia 23 de outubro o cantsor baiano estará no Recife para um encontro específico com empresários de varejo para apresentar o novo produto. Hoje, na Bahia, a parceria estará sendo comemorada com uma festa no Ferry Bote de Ivete Sangalo. Como se sabe, na Bahia, tudo é motivo para festa.

Se antes o carro chefe dos negócios era a área de fardamento, hoje a situação inverteu-se. A proporção é 70% a 30%, em favor do couro. O grupo W, pouco conhecido na mídia em geral, já fatura cerca de R$ 32 milhões por ano. Na área dos estofados para autos, são cerca de 800 bancos por mês e a meta é elevar a produção para cerca de 1, 2 mil com a popularização do novo garoto propaganda, Durval Lelys, que é arquiteto de formação e chegou a desenhar os modelos de bancos. Para fechar a parceria, o cantos baiano receberá royalties da empresa. Os modelos que estão chegando nas lojas ganham o DL após o W, formando a nova marca WDL.

Para crescer e chegar até aqui, o empresário usou de engenhosidade. Ele conta que descobriu a oportunidade ao colocar ele próprio bancos de couro em seu carro, tempo atrás. Era o próprio vendedor da concessionária que oferecia o produto, agregado ao valor do carro pela montadora. O pulo do gato, ao começar a produzir, foi colocar vendedores exclusivos, nas lojas de varejo. "Eu acabei criando um novo mercado. Antes, os vendedores das lojas vendiam um ou dois por lojas. Agora, são cerca de 20 por mês em cada loja", explica. São mais de 65 pontos de vendas em concessionárias do NE.

No caso dos produtos vendidos em Recife, eles são produzidos na Bahia e montados em Casa Forte antes de serem entregues aos clientes.

Sobre os dois mercados, o baiano e o pernambucano, o empresário deixa escapar uma curiosidade. Aqui no Recife, cerca de 88% preferem, na hora da compra, colocar o custo no financiamento do carro zero. Na Bahia, apenas 36% dos clientes optam pelo sistema fiado.

Preocupado em reduzir custos, como todo empresário, Waldomiro Araújo conta que planeja verticalizar a produção, fabricando desde as ferraens até o corte das espumas em uma unidade integrada e não apenas o manejo do couro, comprado no Rio Grande d Sul. Neste momento de invesimento, a empresa está aplicando cerca de R$ 1 milhão em novos maquinários. Seus gerentes contam que será possível reproduzir até fotografias nas capas, ao gosto do cliente.



Fonte: Blog do Jamildo

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