Estrelas do axé investem em trios elétricos e têm abadás esgotados


Publicado em 11.02.2009, às 18h33
JC Online, Recife.



O turismo vai de vento em popa na Bahia, com crescimento de 15% no fluxo de visitantes na comparação com o ano passado, segundo a Secretaria de Turismo do Estado. Apesar disso, a Prefeitura de Salvador não consegue fechar suas cotas de patrocínio para o carnaval e os blocos carnavalescos estão tendo dificuldades nas vendas.

No caso da prefeitura, da meta de R$ 9 milhões, estipulada pela Agência Tudo - de Nizan Guanaes e Maurício Magalhães - foram comercializados pouco mais de R$ 5,5 milhões em cotas, cerca de metade do arrecadado no ano passado. Entre os blocos, os problemas já causaram baixas.

O tradicional Bloco Beijo, por exemplo, anunciou que não vai desfilar este ano, depois de perder um grande patrocinador. Crise no carnaval baiano? Pelo menos para figurões da chamada axé music, como Ivete Sangalo e a banda Asa de Águia, não.

"No nosso grupo, não há crise", conta Ivete. "Meus blocos estão vendendo 20% a mais do que no ano passado e conseguimos comercializar 30% a mais em patrocínios. O dólar subiu muito e muita gente que costumava ir para o exterior resolveu ficar no Brasil e curtir o carnaval na Bahia."

Para comprovar a boa fase, a cantora chega ao carnaval 2009 esbanjando. Mandou construir um novo trio elétrico, todo em alumínio, orçado em R$ 2,5 milhões. Nele, foi instalado um palco de 130 metros quadrados, passarelas, um camarim com TV via satélite, entre outras regalias, lounge para músicos e elevadores, que permitirão à cantora descer ao nível da rua durante as apresentações.

O sistema de som, com 300 alto-falantes e 343 mil watts de potência, rendeu ao trio o nome: Demolidor 3. Além disso, Ivete mandou banhar a ouro seu microfone e as ferragens dos instrumentos dos músicos que tocarão no trio.

Este ano, a cantora vai se fantasiar de "deusas" durante o desfile. Ao longo das cinco apresentações que vai fazer - foram sete, no ano passado -, vai se vestir de deusa grega, indiana, egípcia e africana.

Ainda há ingressos disponíveis para suas apresentações nos blocos Cerveja & Cia, no sábado, e Coruja, de domingo a terça-feira. Cada abadá custa entre R$ 450 e R$ 1.300. Na quarta-feira de cinzas, pela manhã, ela participa do arrastão de trios. O show é gratuito.

Quem não tem mais abadás para venda são os blocos que têm como atração o grupo Asa de Águia, o primeiro o anunciar o encerramento da comercialização este ano. A banda se apresenta na quinta-feira e no sábado no CocoBambu e de domingo a terça-feira no Me Abraça. Os dois blocos comportam 3.800 foliões a cada saída. Segundo a assessoria da banda, o fato de os ingressos terem se esgotado antes do início da folia, como nos anos anteriores, apenas comprova o prestígio do Asa.

Fonte: AE

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